quarta-feira, 3 de maio de 2017

8º VER-A-CIDADE de Marabá

“Olhos e Raízes” temática que subsidiou o último VER-A-CIDADE de Marabá, traz estimado público à mostra que se perpetua pelo oitavo ano consecutivo. A Exposição que ficará aberta ao público até o dia 28 de julho, conta com a participação de fotógrafos profissionais e amadores, rodas de conversa, oficinas, mediações culturais, ações educativas e exibição de filmes. 




ibição de filmes. 

segunda-feira, 20 de março de 2017



49° Sarau de Lua Cheia

A Galeria de Arte Vitória Barros Agradece e colaboração de todos que participaram do 49° Sarau de Lua Cheia, que contou com muita poesia, música e imagens que ressaltam a presença marcante da mulher na nossa sociedade, é sempre uma enorme satisfação poder fazer parte destes eventos culturais que enaltecem nossa cidade. Obrigada AESSP pela parceria, e aos músicos Francisco de Assis Duarte, Javier di Ma-y-abá, Sérvio Dias e Clauber Martins. Desejamos que esse vínculo cresça a cada dia a fim da difusão dos movimentos artísticos em nosso estado. E deixa claro que sempre está de portas abertas para receber nossa comunidade, fazendo do nosso espaço expositivo uma casa para as artes.








quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017


O Instituto de Arte Vitória Barros
Apresenta,





ESTEJA CONOSCO EM 2017!

Somos um projeto colaborativo que surgiu do diálogo entre Universidade (antiga UFPA/Marabá) e Galeria de Arte Vitória Barros com o objetivo de ser um canal pelo qual Marabá possa se ver a partir das lentes do cotidiano fotografado por profissionais e amadores. A ideia de territorialidade tem sido a alma do Ver-a-cidade Marabá, igualmente a um registro jornalístico há uma crônica da cidade no acervo que foi e está sendo construído ano a ano por inúmeras inscrições, e que em breve estará disponível para consulta pública. Como instrumento de denúncia ou como meio de experimentação gráfica, a fotografia mostra seu valor prático enquanto linguagem, e graças aos mais diferentes níveis de tecnologia disponíveis para reprodução e compartilhamento de imagens podemos experimentar muito mais as potências criativas desta linguagem tão popular.
A cada edição do VER-A-CIDADE há um tema a ser abordado pela programação do evento e que orienta a seleção dos projetos fotográficos inscritos na mostra. Com a escolha de um título síntese para o tema abordado, buscamos estimular os participantes a criar conexões simbólicas entre o objeto e o olhar fotográfico, assim como: Quais paisagens Olhos e Raízes irá evocar? Com um estilo de vida cada vez mais urbanizado, como a natureza se apresenta na nossa vida? O que a cidade tem a mostrar e o que nós temos a ver?
A exposição é a principal ação do evento, nela se apresenta a seleção de fotos inscritas na mostra mais os projetos convidados pela curadoria. Este ano, como um tema que aborda natureza e meio ambiente convidamos o fotógrafo Glauco Brito, que mostrará uma série produzida ao longo de 2016 sobre a poluição nos rios de Marabá, além do projeto Ciranda Verde, discutindo e apresentando ideias de sustentabilidade urbana junto às ações educativas nas mediações culturais da mostra. Serão 3 meses de programação, de abril a julho, haverá também curso de fotografia e atividades de debates, criação e experimentação artística.

É bem fácil de se inscrever, siga as instruções!
* Baixe os arquivos em anexo e leia o regulamento
* Preencha a ficha de inscrição corretamente
* Num envelope coloque as fotos identificadas e, caso seja necessário, as respectivas autorizações de uso de imagem.
* A inscrição somente é validade com a entrega das fotos na Galeria, em versão impressa e digital, junto da ficha de inscrição devidamente preenchida.

Cada projeto deve ter o máximo de três fotografias, tamanho e impressão são de responsabilidade do fotógrafo.  Serão aceitos os trabalho que mais sustentam a ideia sugerida pela curadoria. Inscrições sem autorização por escrito de pessoa fotografada, serão eliminados imediatamente. O envio de fotografias, digitais e impressas, inscritas no VER-ACIDADE serão automaticamente incorporadas ao nosso banco de imagens, podendo ser utilizadas a qualquer tempo nas ações de comunicação realizadas pelo IAVB, sendo as mesmas identificadas em qualquer ocorrência com nome do autor e edição do evento participado, sem a necessidade de aviso prévio.

* consulte na integra o EDITAL VER-A-CIDADE no link
Edital
FICHADEINSCRIÇÃO
AUTORIZAÇÃO








DESENVOLVIMENTO, MEIO AMBIENTE E FOTOGRAFIA

*Por Glauco Brito


O desafio de ver a cidade de Marabá com olhar crítico, expressando as problemáticas urbana e ambientais a partir de parâmetros da constituição evolutiva e da sua formação econômica, possivelmente se acentua por ser uma cidade, que desde sua constituição, tem sua paisagem urbanística passado por transformações intensas e contínuas. Assim, “retratar” de forma clara o processo de apropriação social do espaço constitui-se um grande e estimulante desafio. 
As ações de desenvolvimento econômico levantam preocupações com o urbano e com o meio ambiente, principalmente por envolver a sociedade como principal interventora nos recursos naturais, ocasionando com isso processos metabólicos em nome do progresso e do bem-estar da população.
No ano de 2001, foi aprovada e sancionada a Lei Federal nº 10.257 denominada de Estatuto da cidade, que definiu diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano dos municípios no Brasil. No caso especifico da cidade de Marabá poderíamos fazer o seguinte questionamento: Qual a relação existente entre o Estatuto da Cidade com as questões ambientais em consequência ao desenvolvimento econômico no município de Marabá?
  A história da constituição e desenvolvimento das cidades sempre foi expressa do ponto de vista do poder econômico, onde, conforme PRIETO (2006, p.01): “Como se sabe, as cidades brasileiras foram vítimas do processo desordenado de urbanização que marcou a metade do século passado e essas intensas transformações no meio urbano também impactaram sobre o meio ambiente”. Essa afirmação retrata bem a realidade da Mesorregião Sudeste do Pará, principalmente da cidade de Marabá, considerada como polo comercial e político da região, condições que lhe tem proporcionado impactos sociais/ambientais imensos.
As cidades sempre foram vitimadas pelo desordenamento urbanísticos, em consequência de uma lógica desenvolvimentista economicista, na qual as consequências são visíveis e as transformações degradantes das cidades são uma realidade. A cidade de Marabá tem marcas históricas que representam essa realidade, transformações ambientais, culturais e sociais são indicadores que representam essa lógica econômica de desenvolvimento com a desconstrução e construção ao longo de sua evolução. Foi assim tanto com as florestas dos castanhais, substituídas por pastagens, quanto atualmente com a implantação de grandes projetos de hidrelétricas e ferrovias para a exploração mineral. 
Esse processo tem permitido realizar registros fotográficos fantásticos, tanto por fotógrafos profissionais como amadores e também por amantes da fotografia. Exemplo desses registros é o trabalho de Sebastião Salgado com seu projeto que tem por tema: “Terra”, onde a região Sudeste do Pará é contemplada com imagens histórica do processo de extração manual do ouro no garimpo de Serra Pelada.
Portanto, o desafio de registrar a realidade de Marabá, do ponto de vista ambiental, nos permite viajarmos numa evolução histórica recente que é possível ver a cidade com suas contradições e realizar análises do ponto de vista conceitual a partir das imagens fotográficas. 



* Glauco Brito é agrônomo e fotógrafo apaixonado. Ao longo do processo de formação e atuação profissional sua prioridade sempre foi norteada pelas preocupações ambientais e sociais, pesquisando campo produtivo na lógica agroecológica e na segurança alimentar com produção de alimentos saudáveis. A fotografia, nesse contexto, tornou-se uma ferramenta fundamental, principalmente nas atividades de extensão e na pesquisa. Foi utilizando as imagens fotográficas como instrumento de trabalho que possibilitou ao longo do tempo ir aperfeiçoando suas técnicas fotográficas. Glauco já participou do VER-A-CIDADE em três edições (2012, 2014 e 2015), e neste ano foi o nosso fotógrafo convidado.  





CRONOGRAMA
Inscrição até - 21 de março
Seleção - 27 de março
Abertura - 24 de abril

PROGRAMAÇÃO
Artistas convidados
Rodas de conversa
Oficinas gratuitas
Mediações culturais
Ações educativa
Exibição de filmes

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
15ª Semana de Museus
maio, de 15 a 21
Semana do Meio Ambiente
junho, de 01 a 05

CURSO DE FOTOGRAFIA
Aulas aos sábados, 20hrs totais.
Maio/06,13,20 e 27 Junho/03, 10, 17, e 24

EQUIPE GERAL
Ieda Mendes
Natacha Barros
Bino Souza

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

ARTES VISUAIS E REDES SOCIAIS




Você já imaginou ser retratado por um artista plástico, que nem era comum à nobreza dos séculos passados? Então, imagina a seguinte situação: ter sua foto de perfil da rede social sequestrada por um artista a fim de ser reproduzida numa pintura e exposta numa galeria de arte? Algumas pessoas tiveram esse privilégio pelas mãos do artista visual paraense João Cirilo. Ou seria isso um incômodo?
A polêmica série de retratos “No que você está pensando?” - mesma pergunta que a rede social Facebook costuma nos indagar ao entrarmos no site - é fruto da inquietação de Cirilo com o comportamento dos internautas diante das redes. Entre o público e o privado, há um intenso fluxo de uploads diários, para o qual “O Facebook é atualmente um planeta virtual de 1,15 bilhão de pessoas que gera em um dia, a média de 650 milhões de publicações, sendo que desse universo, 350 milhões são fotos. Postagens com essas características costumam ser as mais populares, as que são mais visualizadas e tendem a receber mais ‘curtidas’ e ‘compartilhamentos’, elementos que são verdadeiras moedas de troca nesse universo”, assim escreve o artista sobre o trabalho.



Com uma trajetória dedicada ao desenho, João Cirilo mergulhou numa experiência desafiadora em 2012, quando iniciou a referida série de retratos pintados em acrílica sobre tela. Rostos femininos iluminados e multicoloridos foram apropriados ao repertório do artista após um árduo estudo da pintura clássica para a reprodução dos retratos sequestrados nas redes, o famoso selfie.
Pela primeira vez as telas serão exposta ao público, na cidade de Marabá, na Galeria de Arte Vitória Barros, com abertura marcada para o dia 18/11, às 19h. O artista aproveitará a vinda a cidade para realizar um curso livre sobre a técnica do Retrato à lápis de cor. “Não é necessário o domínio pleno do desenho, o curso é antes um lugar para a experimentação. Teremos um artista pesquisador para compartilhar seus estudos, o que pode ser muito enriquecedor para aqueles que são amantes do desenho, ou mesmo para àqueles que trabalham com design e arquitetura”, comenta Natacha Barros, curadora da exposição.
As inscrições estão sendo realizadas na Galeria Vitória Barros, e pelo telefone é possível garantir a participação realizando o cadastro de reserva de vaga, a fim de efetuar o pagamento somente no dia que inicia o curso.



Serviço
Exposição ‘No que você está pensando?: Arte em processo’, por João Cirilo
Abertura: 18 de novembro, às 19h.
Local: Galeria de Arte Vitória Barros - Av. Itacaiúnas, 1519, Novo Horizonte, Marabá.
Visitação: de 21 de novembro a 15 de janeiro de 2017.

Curso livre Retrato à lápis de cor
Investimento: R$ 30,00
Data: dias 16, 17 e 18 de novembro, de 18h às 20h, e no dia 19 (sábado) de 9h às 12h.
Reserva e informação: 3324 1258

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Sombras da minha cidade, Paula Corrêa

Sombras da minha cidade

Sombras da minha cidade traz a sucata como elemento criativo, cujas imagens e temas são revelados em um jogo de luz e sombra com as esculturas feitas desse material. A exposição foi inspirada por obras da dupla de artistas britânicos Tim Noble e Sue Webster. Antes da realização desse projeto, há algum tempo que já convivia com o acúmulo de sucata na oficina de meu esposo, vendo-a apenas como resíduo inútil de objetos já sem uso.
Nunca havia pensado na sucata como material artístico, até fazer minha primeira escultura, VeneraCão, realizada com correntes metálicas e peças de ventiladores. Pude perceber o quanto esse material está impregnado de história e significados pessoais ou culturais, abrindo muitas possibilidades à criação e à educação ambiental, que só seriam possíveis ao dar valor não somente a minhas próprias memórias, mas também às memórias dos objetos, mantendo uma relação íntima com a escolha da matéria.
O teatro de sombras me remete à infância – aos três anos de idade, minha família migrou da minha terra natal, Manaus (AM), para Santarém (PA); e de lá para Marabá (PA), aos seis anos. Tínhamos luz elétrica na época. Porém, nos períodos em que ela nos faltava, as luzes das velas acesas inspiravam brincadeiras com as sombras feitas pelas mãos. A escuridão alimentava nosso imaginário, contando lendas e inventando narrativas fantásticas.
Nesta exposição, tentei homenagear a cidade que acolheu a mim e minha família, elegendo temas ligados à memória coletiva local. Cada obra é formada tanto pela materialidade da sucata quanto pela imaterialidade das sombras. Estas últimas constroem imagens de sentimentos, memórias, experiências e traumas vividos na minha infância: sombras da cidade que conheci, sombras da cidade em que convivi. E sombras que ainda vivo.
Setembro de 2016,

Paula Corrêa.





visitação de 09/09 a 07/10/16


Sombras da minha cidade

Sombras da minha cidade traz a sucata como elemento criativo, cujas imagens e temas são revelados em um jogo de luz e sombra com as esculturas feitas desse material. A exposição foi inspirada por obras da dupla de artistas britânicos Tim Noble e Sue Webster. Antes da realização desse projeto, há algum tempo que já convivia com o acúmulo de sucata na oficina de meu esposo, vendo-a apenas como resíduo inútil de objetos já sem uso.
Nunca havia pensado na sucata como material artístico, até fazer minha primeira escultura, VeneraCão, realizada com correntes metálicas e peças de ventiladores. Pude perceber o quanto esse material está impregnado de história e significados pessoais ou culturais, abrindo muitas possibilidades à criação e à educação ambiental, que só seriam possíveis ao dar valor não somente a minhas próprias memórias, mas também às memórias dos objetos, mantendo uma relação íntima com a escolha da matéria.
O teatro de sombras me remete à infância – aos três anos de idade, minha família migrou da minha terra natal, Manaus (AM), para Santarém (PA); e de lá para Marabá (PA), aos seis anos. Tínhamos luz elétrica na época. Porém, nos períodos em que ela nos faltava, as luzes das velas acesas inspiravam brincadeiras com as sombras feitas pelas mãos. A escuridão alimentava nosso imaginário, contando lendas e inventando narrativas fantásticas.
Nesta exposição, tentei homenagear a cidade que acolheu a mim e minha família, elegendo temas ligados à memória coletiva local. Cada obra é formada tanto pela materialidade da sucata quanto pela imaterialidade das sombras. Estas últimas constroem imagens de sentimentos, memórias, experiências e traumas vividos na minha infância: sombras da cidade que conheci, sombras da cidade em que convivi. E sombras que ainda vivo.
Setembro de 2016,

Paula Corrêa.