Abrindo o segundo semestre de exposições na Galeria, a artista visual e produtora cultural marabaense, Lara Borges lançou a mostra "Dos dias que vivi" no último 05 de agosto, com curadoria de Natacha Barros.
A mostra trouxa três instalações bastante curiosas para o público, que se emocionou e interagiu. A exposição ficará até dia 02 de setembro.
Confira!
DIAS QUE VIVI
Esta exposição surge como um questionamento a respeito do feminino, sempre presente na produção de Lara Borges. Há anos a artista persegue uma forma essencialmente feminina, encontrada dos diversos estereótipos à complexidade de mulheres reais. Nessa busca, Lara se deparou com um universo de acúmulo, repetição e colecionismo, e neste caso não falo de objetos, mas de um repertório de histórias e personalidades que dizem respeito ao que se estabelece socialmente como o ser feminino.Com uma boa dose de empatia, a artista desloca aos outros o protagonismo de sua própria obra, e a partir do que o outro é, e lhe permite acessar, constrói narrativas. Dos dias que vivi é composta por três instalações que dialogam com identidades e impressões sobre o tema do feminino. Em uma das proposições, Lara Borges convidou cinco mulheres para criarem penteadeiras a seu gosto. Tal mobiliário foi muito comum no século XIX; aqui, para além de sinônimo do cuidado com a aparência, é também santuário de pequenos orgulhos, cada qual com sua ideia e imagem, inventando e se reconhecendo dentro ou fora de quaisquer padrões ou estereótipos ilusórios. Ao jogar com espelhos e maquiagens a artista oculta pessoas na pele dos seus objetos e oferece ao público perguntas sobre aparência e ilusão.Natacha Barros
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